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set 19Gostado por Rômulo Cyríaco

Professor, no cinema contemporâneo, principalmente entre os que têm algum acesso a hollywood, há cineastas herdeiros desse civilização drapeada e do olhar do Rosselini?

Do pouco que conheço o que mais me pareceu chegar perto disso foi Malick de Além da Linha Vermelha (nos outros filmes não, apesar de apreciar toda filmografia dele, os vejo mais como experimentos linguísticos-poéticos [uma lira um tanto umbigocêntrica], talvez algo análogo ao estilo de Guimarães Rosa, do que ao cinema drapeado).

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Há cineastas contemporâneos herdeiros dessa tradição, sim - alguns muito importantes, como Abbas Kiarostami e os irmãos Luc e Jean-Pierre Dardenne, que chegaram inclusive a novos patamares no rigor e no gênio dessa estética. Menciono alguns dos melhores nos posts que fiz no Instagram com os "Faróis do Cinematógrafo". São quase todos europeus ou asiáticos. Entre os americanos, houve alguns dos independentes que, produzindo fora de Hollywood, fizeram obras que se inscrevem nessa linhagem: John Cassavetes, Jim Jarmusch e Hal Hartley. (Jarmusch principalmente, com Stranger than Paradise e Down By Law, que considero obras-primas, realmente. Depois foi decaindo cada vez mais, e não gosto da produção mais recente dele, acho que perdeu a força e a relevância).

Boa definição do Malick. Eu gosto de Badlands e Days of Heaven, era um cineasta cheio de promessa, ali. O hiato não fez bem. Acho tudo o que ele fez a partir de The Tree of Life intragável, a ponto de indignar. Eu o classifico como pseudomoderno - até fiz menção a ele, nesse sentido, na análise que postei aqui sobre o The Square. (Nos destaques do Instagram "Cinema Moderno", mais pro fim, tem algumas notas que escrevi após ver Uma Vida Oculta).

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Obrigado, professor. Irei atrás dessas referências.

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